SEM EIRA NEM BEIRA
Nada como avançar sinais.
Transgredir normas.
E, de todas as formas,
ser peculiar no avesso.
Usar gesso no polegar e
sempre estar positivo.
Ser ativo, como militante.
E, concomitante, desfazer versos.
Desrimar olhos e abrolhos.
Mascar chicletes grudentos
e cantar O Sole Mio.
Ser um chato de mala.
E um galocha sem alça.
Alçar o cume do prazer
escondido sem ninguém te ver.
Mesmo sem eira. Nem beira.
Mesmo sem doutorado.
Mesmo sendo Amado.
Com Zélia, é claro.
Seu Jorge.