Cósmico Tempo

O tempo é a vida em movimento

Um copo que atira ao chão, tem por encerrado, seu tempo.

A distancia entre a vida e a morte é o tempo

No breve instante em que se pára deixar de respirar

encerram-se os movimentos.

A ampulheta do tempo é um vírus em minhas veias

Que irrita meus olhos perante o sol.

A calmaria que ocupa as ruas numa madrugada de segunda-feira

é o vazio cósmico do tempo-movimento.

São cachorros calados, bêbados desmaiados

a voz do estômago vazio de um mendigo, pagando pelo

erro da reencarnação.

Tempo, que tempo que estoura as lâmpadas do poste?

Tempo, que tempo que me atira as laminas da sorte?

O tempo é a vida em movimento

Um corpo que se atira ao chão, tem por encerrado seu tempo.

A distancia entre o corpo e a vida, é a morte em seu tempo.

Num breve instante, para, respira e cerram-se os olhos perante

os movimentos.

O sol tenta ser a ampulheta que conta o tempo,

os olhos conta-gotas de sangue a contra gosto em minhas veias.

Segunda-feira de madrugada, cósmica calmaria

que ocupa os movimentos do tempo.

Observam os mendigos, permanecerem calados os bêbados encarnados

e seus cachorros desmaiados com os estômagos vazios.

Tempo, que tempo que me atira as laminas da sorte?

Tempo, que tempo que estoura as lâmpadas do poste?

A vida em movimento, há vida em movimento.

A tempo entre a distancia, há tempo entre a distancia.

A vida, há morte.

Tempo, calmaria e suas catedrais vazias de bêbados desmaiados.

Zózimo São Paulo
Enviado por Zózimo São Paulo em 04/11/2008
Código do texto: T1264468
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