Cósmico Tempo
O tempo é a vida em movimento
Um copo que atira ao chão, tem por encerrado, seu tempo.
A distancia entre a vida e a morte é o tempo
No breve instante em que se pára deixar de respirar
encerram-se os movimentos.
A ampulheta do tempo é um vírus em minhas veias
Que irrita meus olhos perante o sol.
A calmaria que ocupa as ruas numa madrugada de segunda-feira
é o vazio cósmico do tempo-movimento.
São cachorros calados, bêbados desmaiados
a voz do estômago vazio de um mendigo, pagando pelo
erro da reencarnação.
Tempo, que tempo que estoura as lâmpadas do poste?
Tempo, que tempo que me atira as laminas da sorte?
O tempo é a vida em movimento
Um corpo que se atira ao chão, tem por encerrado seu tempo.
A distancia entre o corpo e a vida, é a morte em seu tempo.
Num breve instante, para, respira e cerram-se os olhos perante
os movimentos.
O sol tenta ser a ampulheta que conta o tempo,
os olhos conta-gotas de sangue a contra gosto em minhas veias.
Segunda-feira de madrugada, cósmica calmaria
que ocupa os movimentos do tempo.
Observam os mendigos, permanecerem calados os bêbados encarnados
e seus cachorros desmaiados com os estômagos vazios.
Tempo, que tempo que me atira as laminas da sorte?
Tempo, que tempo que estoura as lâmpadas do poste?
A vida em movimento, há vida em movimento.
A tempo entre a distancia, há tempo entre a distancia.
A vida, há morte.
Tempo, calmaria e suas catedrais vazias de bêbados desmaiados.