Recordações de um sonho

Ao cair a noite,

Tú surgistes em meio a névoa,

Como que por magia;

E do toque de suas mãos

-luva da película mais fina e perfumada-

Nasceu o arrepio,

Esse que cobre o pelo de meu peito vazio,

E as aguas que inundam

o espelho d'água, que são os meus olhos fitos em tí;

A noite é intenssa,

E em seu caminhar em minha direção

Reflexos desse espelho - mixto de desejo e admiraçao-

Meus olhos fazem o alvo

Para os disparos de meu coração;

Eu era a pista de pouso

para seu corpo coberto por sombras

Curvas e contornos;

Todo o nú de teu corpo

Envolvia-se na névoa de minha tormenta...

Dosavamos uma mistura de realidade e fantâsia,

sobre o chão que o suor

Com gotículas recobria...

Sussuros e gemidos era tudo

O que se ouvia...

Teu corpo nú, na moldura de minha cama,

Era a tela pintada com as tintas

Que , quando da fusão de dois corpos,

Emergem da chama;

Emparelhava-se meu peito ao seu,

transformando gritos,

Em dizeres ofegantes;

Dislisando tênue, do ouvido ao coração,

Feito nossos corpos,

imersos nessa penetração;

Derrepente, estavamos face a face,

Tu de pé, resvalando nos desejos de outrem,

Eu, de alma ajoelhada frente a seu coração de pedra;

Predadora de desejos,

Ninfa de meus sonhos, sonhados baixinho,

Depois de tela tocado o corpo macio,

Vejo-a trás névoa,

Indo de mancinho...

Indo...indo...sumindo...indo...

Pachu.

( Comente o texto, e muito importante para mim a sua opinião)

Pachu
Enviado por Pachu em 27/10/2008
Reeditado em 27/10/2008
Código do texto: T1251422
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.