O viajante

Envie-me, onde-se-lhe desvanece o desejo,

Onde-se-lhe,abrigam no coração, prisioneiros;

Envie-me, onde ninguém sabe ir,

A morada de sombras qual eu;

Envie-me, onde temem a liberdade,

As próprias correntes, conservam-se, com regozijo,

A ocultar, temem, a própria dor;

Envie-me, ao campo de combate,

Aonde a guerra, as doenças e a morte

Já tenham, conquistadas, sido;

Envie-me como um amor que cega,

Uma eternidade num só instante,

Uma janela diante do céu,

Uma crença, pela qual,

Morrer valer-se-á ’ pena;

Envie-me, ao val da sombra

A combate eterno num só instante,

O portador da chama santa,

O guia do sol, O arcanjo da morte,

E o senhor da clemência;

Agora, esvaio-me em sangue!...

Sim, sangue!!... Puro sangue

Da união misteriosa,

Vereda ao sono da morte.

Pachu.

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Pachu
Enviado por Pachu em 24/10/2008
Reeditado em 27/10/2008
Código do texto: T1246622
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