Conspiração mobiliária


Essa mesa não pára quieta.
Enche-se de poeira,
permite que a aranha, teça no canto uma teia.
Bagunça minhas coisas,
desfaz minha ordem,
embaralha meus papéis.
Eu...
Brigo... grito... xingo... esperneio...
Enquanto que ela...
Solta de soslaio debochada gargalhada.
A descarada ainda acha que está certa.
Só podia mesmo ser mesa de poeta
para ser assim... tão abusada.
Jaqueline Serávia
Enviado por Jaqueline Serávia em 05/11/2007
Reeditado em 26/06/2008
Código do texto: T724207
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