O PALHAÇO
Eu vivia acabrunhado com um olhar enviesado
Pela minha timidez apalermada
E como um bom abestalhado
No final eu me sentia rei
E no palco iluminado
Desta vida colorida
No picadeiro do circo
Eu fazia sempre graça
Como matuto que sou
Louvando a Deus Nosso Senhor
Porque tinha minhas dúvidas
Através de meu padrinho
Cícero Romão Batista
Se sou? Ou não sou?
Um palhaço maquiado
Em estado de graça...
E bendito sejam vós
Que ao ler podem achar graça
Nesse poema arretado
Deste bobo engraçado.