Pescaria ou pintura!?

Naquele dia já bem cansado

E com impulso da velha expressão:

“Tá nervoso vai pescar”

Chega de rolos da ocupação.

Fui para o Rio Atibaia

Em posse de minhas tralhas

Queria pescar para relaxar

Sem impedimentos ou muralhas.

Achei um lugar a sombra de uma árvore

Armei as varas de pescar com atenção

Em pouco tempo vieram pernilongos

Arrancando meu sangue sem permissão.

Para piorar veio um enxame de borrachudos

Que quase me carregou por ai afora

Mas eu estava atento e com tudo

Espirrei aereosol de proteção na hora.

A vara de anzol baixou quase quebrou

Para minha emoção a linha esticou

Me achando um pescador de qualidade

Puxei para fora com força de verdade.

Quando achei que estava no controle

Soberano daquele momento e ocasião

Na certeza que pegaria um peixão

Peguei foi um velho e pesado latão.

Mas como não sou de desanimar

Sempre uma pessoa de fé e cultura

Levei o latão para meu doce lar

E utilizei para fazer pintura.

Peixe não pesquei nenhum

Mas não tem problema não

Para fazer uma peixada

Vou marcar em outra ocasião.