A galinha fofoqueira

Lá no sito da minha avó querida

Um lugar abençoado afinal

Existia uma natureza florida

E um lindo e fechado matagal.

No galinheiro do sítio encantado

Haviam patos, perus e galinhas

Os quais pelo meu avô eram tratados

De preferência logo de manhãzinha.

Havia uma galinha inquieta

Que ficava de la pra cá

Vigiava a vida de todos

Para sair para espalhar.

Era muito fofoqueira e mentirosa

Não mantinha o bico fechado

Vivia espalhando coisas caluniosas

E fatos simples era aumentado.

Espalhou que a Dona Perua, coitada

Estava de caso com o galo cantador

E que se encontravam na invernada

Para experimentar e curtir tanto amor.

Disse que haveria uma festa

Na casa da galinha pintada

E quando chegaram os convidados

Deram de bico com a casa fechada.

Certo dia inventou a morte do pato preto

Despertando o lamento no galinheiro

Todos foram para o velório do coitado

Que também apareceu todo vivo e verdadeiro.

Depois daquele dia macabro e ingrato

E todos já cheios de tanto fatos não verdadeiros

Fizeram um grande e agitado manifesto

E expulsaram a galinha daquele galinheiro.