O TIRO QUE SAIU PELA CULATRA
Singelo par de olhos
Me observam de longe
Quisera me liberar dos “embrolhos”
Saciando a curiosidade que tange
Lindo sorriso distante
Se abre docemente
Quem dera ser o bastante
Merecedor abrangente
Um corpo lânguido se reserva
E meus sentidos, vibram consoantes
Pudesse sentir o calor da serva
Num abraço cativante
Passos me perseguem
Vigorosos e febris
A moça dos olhos cândidos
Passou por mim, por um triz
Loucura, meu Deus, que figura
Impassível fiquei, neutro
O alvo da doce menina
Não era eu, era outro
Cristina Gaspar
Rio de janeiro, 20 de fevereiro de 2015.