O TIRO QUE SAIU PELA CULATRA

Singelo par de olhos

Me observam de longe

Quisera me liberar dos “embrolhos”

Saciando a curiosidade que tange

Lindo sorriso distante

Se abre docemente

Quem dera ser o bastante

Merecedor abrangente

Um corpo lânguido se reserva

E meus sentidos, vibram consoantes

Pudesse sentir o calor da serva

Num abraço cativante

Passos me perseguem

Vigorosos e febris

A moça dos olhos cândidos

Passou por mim, por um triz

Loucura, meu Deus, que figura

Impassível fiquei, neutro

O alvo da doce menina

Não era eu, era outro

Cristina Gaspar

Rio de janeiro, 20 de fevereiro de 2015.

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 21/02/2015
Reeditado em 21/02/2015
Código do texto: T5144988
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