TE MATEI COM DETEFON
Quantas e quantas noites eu perdi
de sono... e o trabalho que me esperava.
Quantas vezes tentei me aproximar
mas você, esperta, sempre escapulia.
Quantas juras eu fiz. Quantas. Perdi as contas.
Meu travesseiro já não me aguentava mais.
E as quatro paredes, de algodão nos ouvidos,
estavam cansadas de tanto palavrão.
Os vizinhos já falavam, a vila inteira não dormia.
Noite após noite era aquela agonia.
Mas...uma hora, de cornos virados,
irado feito o cão dos infernos,
peguei a mágica latinha redonda.
Apontei o furo com precisão cirúrgica.
E te matei com neocid.
Eu sei que fui cruel e ainda pagarei
por esse crime hediondo - céus!
Ainda prefiro essa vida de solteiro bacana,
a uma barata alucinada em minha cama.