Samba Varrido Doidão (Gerusa Conti e Cecitonio Coelho)

Sábado tem samba da xêpa

Só se ouve música porreta

Depois do terceiro copo, também se fala besteira

Sentado à mesa do canto

Ali observando

Aos poucos fui anotando frases soltas ao vento

Anotei e não vacilei

A Gerusa, o desafio;

Fazer um samba maroto, mesmo que saísse entortado

Juntei limo da corda

Com manga no anzol

E conselho de pilantra pra deitar no seu lençol

Ora, quanta artimanha

Pra fazer um samba moído

Com tantos motivos malandros, fiz um samba doido varrido

Tocado assim de improviso

Com uma letra sem sentido

Num casado violão, que amolação

Ainda tem batismo de mestre

E isso na rua sete

Espiado pela Piedade, onde só bamba se mete

Também inclui a Dinha

Aquela gostosinha

Que adora um cancioneiro e distribui panfleto de enterro

Logo dei atenção

E na onda de doidão

Aproveitei para passar a mão na danadinha

Ainda tem escama de gente

E isso assim, de repente

Veja só quem não sente, que cachaça mais ardente

Só não dá pra deixar de falar

Na proteção pra preso

Me deu desespero, e pra essa não tem enredo

Meu compadre do além

É bom lembrar também

Que na xêpa também tem alguns malas que vem de trem