“Transgê-gato”
Hoje começo alegremente a escrever
Mais uma história do dia-a-dia
Mais um fato curioso do nosso viver
Que inspirou a edificar esta simples poesia
Envolve um ser peludo de unhas afiadas e potentes
Muito brincalhão, mas se bobearmos
Crava as presas até na gente.
Ali no nosso lar doce lar
Um gatinho bem novinho apareceu
Deparou com vários cães
Mais nenhuma atenção lhes deu
Em pouco tempo os seres caninos
O animalzinho, cada qual então acolheu.
Mas os outros seres adultos felinos
Que habitavam nosso querido lar
Sequer deram bola ao gato menino
O isolaram sem a mínima atenção dar
E quando ele os procurou para se apresentar
Quase teve seu pequeno nariz arrancado.
Quando era chamado por nós, ficava todo feliz
Até balançava o rabo, todo desajeitado.
Era comum aquela cena marcante
Que quase todo dia ocorria
Os cães deitavam no braço do sofá
Todos tranqüilos, na maior mordomia
E o gatinho deitava entre eles serenamente
Como se fosse um deles então se sentia.
Quando alguém ia à cozinha
Logo o gatinho aparecia bem ligeiro
Começava a miar sem limites
Demonstrando grande desespero:
Mil.....Millllllllllllllllllllllllllllllllllllll...
Parecia até pedir dinheiro.