ETERNOS DILEMAS DA VIDA
Estando fora e sendo dentro,
se estabelece o impasse,
temperar o peixe com coentro
ou ofertar a outra face.
São os eternos dilemas da vida,
que ninguém se atreve a resolver;
como sarar a ferida,
que na noite insiste em doer?
Eram cinco, mas três pareciam,
dentro de um poço sem fundo;
de medo, alguns morriam,
temendo acabar o mundo.
Eu, porém, me julgando destemido,
saí a procurar por besouros,
mas, na barra do teu vestido,
encontrei uma mina de ouro.
E não digam que endoideço,
ao contar esses fatos reais,
que sucederam no meu endereço
bem de frente as catedrais.
Findando, por fim, meu relato,
digo, que duas coisas eu almejo:
um viver tranquilo e pacato
e o doce mel do teu beijo.
- por JL Semeador, em 08/02/2011 -