TE MATEI COM DETEFON

Quantas e quantas noites eu perdi

de sono... e o trabalho que me esperava.

Quantas vezes tentei me aproximar

mas você, esperta, sempre escapulia.

Quantas juras eu fiz. Quantas. Perdi as contas.

Meu travesseiro já não me aguentava mais.

E as quatro paredes, de algodão nos ouvidos,

estavam cansadas de tanto palavrão.

Os vizinhos já falavam, a vila inteira não dormia.

Noite após noite era aquela agonia.

Mas...uma hora, de cornos virados,

irado feito o cão dos infernos,

peguei a mágica latinha redonda.

Apontei o furo com precisão cirúrgica.

E te matei com neocid.

Eu sei que fui cruel e ainda pagarei

por esse crime hediondo - céus!

Ainda prefiro essa vida de solteiro bacana,

a uma barata alucinada em minha cama.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 22/07/2009
Reeditado em 05/02/2015
Código do texto: T1713832
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