Tônia Begonia

Vírus bandeirante...

Ora espalhafatoso,

Ora tacanho,

Voam os pássaros,

Por não ter asas,

Não fazem alarde.

Bafeja o vento,

Dobram os trigais,

Inquietam-se os badalos dos sinos,

Ralham os trovões.

Fúria 19,

Vassalos, celebridades, lacaios e marechais,

Relâmpagos cospem fogo,

Choram os entes,

Intrigam os bufões.

Novo rumor na mesma estalagem,

Um à mais,

Diz a indiferença: "para mim, tanto faz"!

Quase 200 mil,

Bovinos, caprinos, equinos,

Enxame de gente,

Por sorte e apreço,

Não contados como animais.

Levantando saias,

Adentrando entranhas,

Sem pedir permissão,

Seguido pelo vento,

Vai o Corona,

À noite,

De manhã,

À tarde,

Covid Brasil adentro.

Corona bandeirante,

Covid cosmopolita,

Vírus mutante,

Mund'afora,

Dois exterminadores viajantes.

Aparências

Honrado, capaz, digno de elogio, é o homem que assume e dá solução para os problemas causados por Ele.

Caso contrário, é mais um parasita engodista enrustido, assinado pelos pais e tutelado pelos avós,

passando por emérito cidadão de bem.

Todo crápula corruptor, corrupto receptador, possui nome e sobrenome; portanto, foi e está credenciado por um óvulo e um espermatozóide.

Pobreza:

A obscuridade é parte de nossa essência; e embora saibamos disto, conscientemente ignoramos.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 29/12/2020
Reeditado em 29/12/2020
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