De ti não quero nada
Nem dinheiro
nem presença
Nem os vestígios
das tuas crenças embutidas
em todas as tuas mentiras
De ti não quero
teus amargos pensamentos
Tua saliva ácida
a entorpecer meus sentimentos
Nem as horas mal acabadas dos teus dias
De ti
nem os açoites por entre os dentes
Não quero
nem a semente
germinada
no teu ventre
Nem o som esquálido
que sai da tua garganta
Nem os teus tropeços
em meus documentos
Exorcizo você...
Com a tinta da caneta
na poesia tingida em meu caderno