De ti não quero nada
Nem dinheiro
nem presença
Nem os vestígios
das tuas crenças embutidas
em todas as tuas mentiras

De ti não quero
teus amargos pensamentos
Tua saliva ácida
a entorpecer meus sentimentos
Nem as horas mal acabadas dos teus dias

De ti
nem os açoites por entre os dentes
Não quero
nem a semente
germinada
no teu ventre

Nem o som esquálido
que sai da tua garganta
Nem os teus tropeços
em meus documentos

Exorcizo você...

Com a tinta da caneta
na poesia tingida em meu caderno

Jaqueline Serávia
Enviado por Jaqueline Serávia em 24/10/2007
Reeditado em 03/03/2011
Código do texto: T707740
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