Vó, que de um sopro sublime nos veio, qual Adão e Eva.

Vó, que ao pó, hoje, a vida leva.

Vó, que em teu seio abrigastes o gen de teus ancestrais,

que fostes mãe e por vezes, pai.

Deixaste-nos órfão de teu afeto e de teu “ SABER MAIS “ .

Hoje, o farfalhar das folhas e os reboliços dos pássaros, silenciaram.

O dia azul, gris amanheceu.

Não vimos nada ou não queríamos ver.

O “ TER VOCÊ “ conjugar-se-á na candura de um bucólico passado

e seus passos, em terra firme, outrora perenemente marcados ,

será o mesmo chão, que em nosso futuro,

trilharemos, calçando o sapato de suas pegadas.

Fizestes, heroicamente, do torto o reto.

Deixastes os dias, incompletos.

Deixastes um vazio e a crença vã no “ PARA SEMPRE “

e revela-nos, com sua ausência, o ledo engano.

Ao cerrar as cortinas de seu espetáculo,

além de dias incompletos, meses e saudosos " porquês"

deixastes órfão de seu afeto, também, um neto Ademir Marquês .

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 19/02/2018
Reeditado em 06/06/2020
Código do texto: T6258236
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