NETOS…
 
Muitas vezes você nem percebe, eles chegam,
Não é que realmente você não perceba, isso não!
É, que é diferente de um filho, o qual se concede,
Não sei explicar direito, mas, um tem linha direta,
O outro a gente atende em um ramal, é igual,
Mas, é tão diferente, que um você cuida e cobra,
O outro a gente não cuida, a gente deixa souto,
Ele chega, bagunça teu humor, faz tudo incomum,
Arrasta a cadeira na sala, muda o canal da TV,
Você não se importa, parece concordar com tudo,
O filho nunca pensaria em fazer uma coisa dessas,
O Neto bagunça seu cabelo, calça seu sapato,
Corre pelos cantos como um louco, sem direção,
Não prever o perigo que corre, mas somos tantos,
Cada uma fazendo sua parte, como um anjo,
O protegendo de todas as adversidades da casa,
Falando em anjo, acho que eles protegem mais os netos
Por que nossos filhos caem, machucam, se aranham,
Os netos parecem mais protegidos, são incríveis,
Faz o caro ficar bem barato, simplesmente assim,
Passa o dia roubando a cena, sem constrangimento,
Deixa a roupa pelos os cantos, os brinquedos na sala,
Cada coisa em um canto diferente, sua organização,
Depois de um dia cansativo, dorme feito um anjo,
Vai embora sem o pedido de benção, sem o beijo,
Sem o aperto de mão, sem o abraço de urso,
Vai brutalmente embora, sem se quer dizer adeus...
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 13/09/2017
Reeditado em 13/09/2017
Código do texto: T6113000
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