Às minhas crianças, no Dia das Crianças
De onde surgiram esses seres encantados,
que trouxeram à minha vida tal vigor?
De onde desceram? De qual paraíso?
Que deuses são esses aos quais me prostro
e declaro, em voz altiva, o meu fervor?
Serão Anjos da Paz? Serão, talvez, Pecados?
Qual o segredo da fé inigualável,
que me abastece, enlanguecida,
só por sabê-los ao meu lado?
Qual o mistério indecifrável, que me faz
ser doce e frágil aos seus suspiros,
mas, forte e intensa ao acudi-los?
Qual a chave desse amor imarcescível,
que me corrói o peito, ensandecida,
só por me pensar a perdê-los?
Qual o canto sublime, que escuto ao luar
e amanhece junto com as estrelas,
perfumando-me as manhãs, aos seus sorrisos?
Ah! Filhos! Quão doces e lindos filhos!
Desvendarão o amor, a fé, a força e a glória
que sinto por assim chamá-los, talvez, um dia!
Ah! Filhos! Quão adorados filhos!
Compreenderão este amor, que hoje lhes parece insano,
quando embalarem nos braços, a sorrir, meus netos!
Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 12 de outubro de 2009 – 22h43