Aquele agosto

Não nasci em novembro,

mas um agosto mais a frente.

Presente de um dezembro.

Outra vida simplesmente.

E aquele agosto,

tinha outro gosto.

Diferente do que de costume.

25 foi cheiro, 26 foi doce perfume.

Não me recordo da dor,

mas do útero se contraindo,

e havia mais amor,

na vida que ia surgindo.

Nada poderia ser,

o que aquela data seria.

Um anjo veio me ver.

E ficou nos olhos de minha filha.

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 15/03/2011
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