A Flor Solitária
Uma doce flor exala um misterioso perfume.
Entre os montes rochosos cobertos de gelo.
Penumbra contagiante, era um,
lugar aonde a luz magnífica do astro não chegava.
A noite eterna adormece e aquieta.
Todos os seres vivos dali.
Perseverante, não sombria.
Somente escuridão.
Seres cegos vislumbrados por aquilo,
algo inexistente, uma miragem.
A flor não deixara de ser igual,
como também não deixava de ser diferente.
Algo misterioso, miraculoso.
Circulando-a, encobrindo-a.
Era linda, olhos pulsantes.
Destacavam-se sobre tudo.
Buscava-se por algo que não era visto.
Mas ela via.
No lugar onde sentimentos eram extintos.
Ela os sentia.
Mas tudo não passara de ilusão,
engano do destino.
Enquanto achava-se encruzilhada.
A verdade era, estava errada.
A vida em si era bela,
Mas escura.
Podia ela agora sentir a luz?
Ou as trevas eram mais seguras?
No meio de tantas incertezas.
A flor tomou a decisão.
Não iria mais sofrer pela vida.
Iria viver com paixão.
Então acharia seu caminho,
descobriria sua razão.
Sentimentos brotariam.
E a vida seria somente emoção.
Emoção sem termino.
Sem recusa de obscenidades.
Entendeu finalmente a si mesma.
Sua existência não era mais em vão.
Abençoada pelas dádivas divinas.
Fez da noite eterna e sombria.
Somente com a chama da vida.
Um eterno amanhã.
E assim viveu,
rodeada de outras flores.
Que agora ela via,
não eram os seres insensíveis?
Dedicado a uma mãe.