A Flor Solitária

Uma doce flor exala um misterioso perfume.

Entre os montes rochosos cobertos de gelo.

Penumbra contagiante, era um,

lugar aonde a luz magnífica do astro não chegava.

A noite eterna adormece e aquieta.

Todos os seres vivos dali.

Perseverante, não sombria.

Somente escuridão.

Seres cegos vislumbrados por aquilo,

algo inexistente, uma miragem.

A flor não deixara de ser igual,

como também não deixava de ser diferente.

Algo misterioso, miraculoso.

Circulando-a, encobrindo-a.

Era linda, olhos pulsantes.

Destacavam-se sobre tudo.

Buscava-se por algo que não era visto.

Mas ela via.

No lugar onde sentimentos eram extintos.

Ela os sentia.

Mas tudo não passara de ilusão,

engano do destino.

Enquanto achava-se encruzilhada.

A verdade era, estava errada.

A vida em si era bela,

Mas escura.

Podia ela agora sentir a luz?

Ou as trevas eram mais seguras?

No meio de tantas incertezas.

A flor tomou a decisão.

Não iria mais sofrer pela vida.

Iria viver com paixão.

Então acharia seu caminho,

descobriria sua razão.

Sentimentos brotariam.

E a vida seria somente emoção.

Emoção sem termino.

Sem recusa de obscenidades.

Entendeu finalmente a si mesma.

Sua existência não era mais em vão.

Abençoada pelas dádivas divinas.

Fez da noite eterna e sombria.

Somente com a chama da vida.

Um eterno amanhã.

E assim viveu,

rodeada de outras flores.

Que agora ela via,

não eram os seres insensíveis?

Dedicado a uma mãe.

Fernanda Koziel
Enviado por Fernanda Koziel em 24/07/2009
Reeditado em 11/10/2016
Código do texto: T1716937
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