Cara “Jú”



Veja bem: tenho, aqui, um cajueiro.
E, junto ao cajueiro existe um pé de maracujá
- ou um maracujazeiro (sic?!...)
(Deve ser este/esse bicho mesmo)

Entre todos eles e, bem antes deles,
Teve um “cara” chamado:
Catulo da Paixão Cearense
(Que nada tem a ver com o Ceará)
Que num dia qualquer de santíssima sabedoria
Questionou a Deus:
“... por que nasceu roxa a flor do maracujá?...”.

(E agora, posso, devo e careço responder:
Não em nome de Deus,
Ele, ainda, não me deu Procuração!...
Procuração, Ele só dá pra quem chega ao céu.
Tenho cá minhas dúvidas se chego lá!...)
A resposta deveria ser:
Por que nasceu também
no quintal do Romar!...
Onde tudo é tão roxo,
Onde só corre frouxo
A saudade e a solidão...
Não que os cães não sejam companhias
Nem os pássaros, também, não o sejam.
Nem que meu soluço
Não pare, parece coisa de pouco caso,
Mas o soluço me lembra a vida.
Ele, o soluço, intermitente e,
até impertinente, me diz:
“Tropeça e acorda pra vida!...”

Um beijão do sogro,
Amigo e, principalmente, irmão.


18-07-08 Precisamente 05:54:31 da manhã.
Já os raios do quase dia beijam minha janela