NA PONTE DA PAZ

Ah, mas, não me esqueço, de nosso

belo passeio, ontem, pela manhã,

junto ao lago,

onde belas garças e cisnes, encantam

os madrugadores, nem de uma ponte,

toda de madeira,

com uma pequena cascata, por baixo.

E de como alegres corriam os cães,

de cá, para lá, embriagados,

pelo verdejante espaço, a descobrir,

fazendo-os saltar, de pura energia,

em latidos, que se pareciam com vozes,

tal o efeito, que tamanha alegria,

trazida pelos animais, produzia em nós.

Claro que existia ciúmes evidentes,

entre os caninos,

e, se por atrevimento ou esquecimento,

trouxesse a meu colo, um deles,

deixando o outro prostrado no chão,

logo um choro triste, saia do mais fundo,

do animal, sentindo-se rejeitado.

Para acalmar sua tristeza, levava-o a ver

os peixinhos vermelhos, em abundância,

nas águas límpidas do lago, onde se podia

ver o fundo, em toda a sua clareza,

e, aos peixes, ia jogando pão,

enquanto o cão, ainda ressentido,

latia bravo, a tudo que nas águas se movesse.

Como tínhamos tirado a manhã, para nós

as duas, irmãs, que ao longo do ano,

vivem afastadas uma da outra, deixamos

os cães e suas peripécias, para trás,

e, caminhando, fortalecemos laços,

neste paraíso terrestre, afirmando o amor,

uma pela outra, e, nos abraçamos, fortemente.

Em paz connosco e plenas de felicidade,

resolvemos por terminar a caminhada,

pois que se aproximava a hora do almoço,

e, fomos ajudar. E num espectáculo invulgar,

ao chamarmos os cães, reparamos, que,

caminhavam juntos, quais namorados, que, à sua

maneira, também se haviam entendido.

Jorge Humberto

26/12/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 27/12/2008
Código do texto: T1355225
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