Monólogo para adaptação

Lembro-me de minha mãe sem ir

Mas sempre voltando.

Ela me trazia

No jeito materno

Uma surpresa convulsa:

Um touro transportando uma criança

Ferida e com frio

Um rio que mãe quase não atravessara

Para chegar a casa.

E ver minha mãe molhada

E, sim, soluçando, soluçando

Até eu perceber

Que ninguém mais se salvara naquelas águas

E que a criança crescera mais que o touro.

Agora não ouço mais histórias de minha mãe

Apenas águas e touros.

G Monteiro
Enviado por G Monteiro em 14/08/2008
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