Alma conflitada
O Amor
O céu de todos os invernos
No abismo do muro que tenho
Quando meu coração se quebrou
No fim da chuva e do vento
No ruído vário da ilusão
O som do relógio que para,
Outros terão
Parece às vezes que desperta
Alegria da cantiga!
Parece que estou sossegando...
Mas eu alheio sempre estranho,
Minha alma sabe-me a cantica...
minhas mesmas emoções!
Pela rua já serena,
Poemas dos namorados,
Por quem foi que me trocaram?
Como se eu fosse veneno...
No fim da chuva e do vento
Silencioso e ameno,
Mas eu alheio sempre estranho...
O hóspede inconvidado,
Não quero mais as rosas
Na minha solidão...
Nas noites que me desconheces
Quantas almas a vagar no coração!
Que suave é o ar! Como prece,
O relógio, que morre em silencio,
Qual a tarde por achar?
Se alguém bater um dia à tua porta!
Se tudo o que há são mentiras,
Sim, tudo é certo logo que o não seja.
Sonhei, confusa, e o sono foi disperso,
Sossega, coração! Não te desesperes!
Sou o espírito das trevas
Onde a luz não tem razão?
Tenho esperança? Não tenho...
Tenho pena até... nem sei. . .
Todas as esperanças,
Eu ja te dei,
E vazio assim fiquei.
Mais triste do que acontece,
Não digas nada,
Senão eu morro de frio!
Nesta triste caminhada,
Onde a dor estacionada
Traz de volta minha emoção!
Seja breve!
Traz a luz para o meu coração...