Alma conflitada
 
 

O Amor

O céu de todos os invernos

No abismo do muro que tenho

Quando meu coração se  quebrou

No fim da chuva e do vento

No ruído vário da ilusão

O som do relógio que para,




Outros terão

Parece às vezes que desperta

Alegria da cantiga!


Parece que estou sossegando...


Mas eu alheio sempre estranho,

Minha alma  sabe-me a cantica...

minhas mesmas emoções!

Pela rua já serena,



Poemas dos namorados,

Por quem foi que me trocaram?

Como se eu  fosse veneno...

No fim da chuva e do vento

Silencioso e ameno,




Mas eu alheio sempre estranho...

O hóspede inconvidado,

Não quero mais as  rosas

Na minha solidão...

Nas noites que me desconheces

Quantas  almas a vagar no coração!




Que suave é o ar! Como prece,

O relógio, que morre em silencio,

Qual a tarde por achar?

Se alguém bater um dia à tua porta!

Se tudo o que há são mentiras,




Sim, tudo é certo logo que o não seja.

Sonhei, confusa, e o sono foi disperso,

Sossega, coração! Não te  desesperes!

Sou o espírito das trevas

Onde a luz não tem razão?




Tenho esperança? Não tenho...

Tenho pena até... nem sei. . .

Todas as esperanças,

Eu ja te dei,

E vazio assim fiquei.

Mais triste do que acontece,




Não digas nada,

Senão eu morro de frio!

Nesta triste caminhada,

Onde a dor estacionada

Traz de volta minha emoção!

Seja breve!

Traz a luz para o meu coração...




Vera Fracaroli
Enviado por Vera Fracaroli em 21/04/2008
Reeditado em 24/04/2008
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