AO ABANDONO

Quando em coito e

Tremura,

Veia ofendida,

Mãos no garrote,

Braço estendido,

Olho a seringa,

Cessando a convulsão.

Meu corpo é

Um perfeito vazio –

E eu sou aquele

Que deixei de fazer

Sentido,

Na dor e no prazer

Que me comporta,

No sigilo da hora

Abandonada.

Jorge Humberto

04/04/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 05/04/2008
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