O MENINO
Um menino pequenino
nos seus olhos de criança,
sonhava para o caminho
longas retas de esperança.
Olhava pelo postigo
Para ver a luz do dia,
Sempre fechado no abrigo
À medida que crescia.
O tempo lá foi passando,
O menino foi crescendo,
Nem podia acreditar
Nesse mundo que ia vendo.
Eram cidades inteiras
Em ruínas e desertas,
Alguns trapos de bandeiras.
Um horror de descobertas...
Fumos negros e os odores
A sangue já ressequido,
São agora mais duas cores
Que passam a andar consigo.
E perguntou para si:
Como seria aquele Homem
Que tudo aquilo fazia,
Poderia ser igual
Ao homem que em si crescia?…