UM CLAMOR
O silêncio foi acordado
Com o canto rouco do galo
E a história movimentada,
Pelo pranto triste dos homens
O Eclipse de hoje anuncia
Novo canto. Novo pranto.
Novos sonhos, novo homem
Um suspirar! Um sussurro!
Ouço o choro do universo
Prisioneiro do meu grito
Nas linhas obscuras dos versos
Meu pranto também ecoa
Clamo por Misericórdia
Louvo ao Nosso Senhor
Oro por toda a humanidade
E implora por mais amor
A chuva enxuga meu pranto
Recebo enfim um conforto
O galo parou de cantar
O sussurro acomodou-se
Meus joelhos consegui desdobrar
Aproveitei a ocasião e registrei meu sentir
Libertando o aperto no peito
No silêncio, voltei a dormir.