Redenção

Está minh’alma ao largo de um rio

Onde deságuo toda a minha dor

E a água corre direto pro frio

Tão perto, tão longe do equador

E a alma sacode meu corpo vadio

Tentando espantar esse meu torpor

Mas tudo é tão cinza, um imenso fastio

Nem mesmo o arco-íris parece ter cor

E então sopra um vento uma tênue canção

Que diz que o amanhã já bate na porta

E que quem chegou é a redenção

Que à mentalidade humana exorta

A resgatar a combalida compaixão

E a empatia, mulher negra quase morta.

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 25/04/2022
Código do texto: T7502538
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