Apenas sinta...
Se eu pudesse te entregaria meu peito aberto, rasgado, despido e cheio de esperança, pra afagar os teus cabelos, como se nos embalassemos numa canção de ninar; eu te ofereceria infinitos dias de calmaria, na eminência de trazer de volta à tua estrutura rica de forças. Ah, eu sinto tanta falta do que você é!
Uma oportunidade apenas, e eu conteria teu choro; alimentaria teu riso; entregaria um jardim de girassóis à ti, pra contrastar com essa escuridão que quer te encobrir as pálpebras... não se deixe engolir!
Você não mora aí, nesse lugar de escuridão...
Te entrego minha amizade como pura rebentação a quebrar essas rochas que se fundaram em tuas águas... numa fúria contida dentro de tua alma contrita, pelo medo de se perder dentro de si mesma... porque sei que dia após dia, você se procura, querendo enxergar aquele sentido que já te sacudiu...
É quando te chamo, e grito vorazmente por tua vida...
Eu insisto, e emanando cura, paz; emanando o antídoto raro ao teu peito ferido... aquele que sara, aquele que salva, aquele remédio que te suga do limbo... eu te entrego o amor que trago em meu peito, minha doce poesia...
Desperta as tuas linhas, porque teus versos não morrerão jamais!
Avante poesia viva!