Solidão, recordações e recomeço...

Celso Gabriel 'Boaratti' de Toledo e Silva – CeGaToSí®

Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®

Poeta da Vida® - Querubim Poeta® - Encantador de Palavras®

Poeta do Cotidiano®

Concebida em: Piracicaba-SP, 10/julho/2006 – 23h51

Não há, acredite sentimento mais perverso que o 'sabor' da solidão,

Saber que se vive entre tantas pessoas que dizem ter a amizade,

Porém, quando se precisa está sempre só, esquecido num canto qualquer,

Ter que lutar contra uma sensação invisível que dilacera no corpo e n’alma,

Fazendo com isto absorver a razão paulatinamente, conhecer a realidade,

Quase levando a sorrateira loucura, quem sabe sonhar com serenidade;

Quem me dera encontrar a paz que tanto anseio e creio quase perdida,

Transformar mágoas e certos ressentimentos em sensações inertes,

Libertar, quem dera do meu corpo as lembranças, toques e carícias,

Recuperar a liberdade que me foi retirada por falsas declarações,

Encontrar quem sabe todas as respostas que me revertem ao passado,

Permitir assim abrir os meus olhos para a vida, respirar e novamente amar;

Retirar 'desta' antigas saudades as quais não trazem mais nenhum sentido,

Emoções que não puderam ser vivenciadas, apenas desejadas em vão,

Palavras que foram proferidas, jamais absorvidas por quem as merecia,

Olhares que se acreditavam 'trocados', compartilhados, pura ilusão...

Uma espera sem fim, perseverança, determinação, sempre a esperança,

Lágrimas escondidas, disfarçadas em desculpas banais, nunca compreendidas;

Mas nada como o tempo que caminha lentamente e leva para si as dores,

Permitindo que se refaçam as energias, renove-se o sorrir e o viver,

Encontre-se um novo sentido para prosseguir, sobretudo vencer,

Crer que hora qualquer, quando menos se espera, o amor brilhará,

Fará com que se 'desperte', esteja pronto para uma nova experiência,

Consciente, um ser amadurecido na pele, nas emoções, liberto para a vida.