TEIMA

Gotinhas de chuva anunciavam a tragédia, mas ele teimava, estava agora no monte, onde poderia ver tudo; em sua mão um cálice, veneno de serpente, a primordial, com vida misturada; na outra a experiência dos erros, em desenhos lineares, na palma, invisíveis a olhos ligeiros.

Bebeu generosos goles, extasiado, como se deve ao bem e ao mal; enquanto isso, trovões e relâmpagos gritavam: tempestade!

Não fugiria do horror de estar lúcido em meio às dores, dessa vez permaneceria, terminaria em pé, ainda que morto.