Profeta de desgraças
Há dois meses, o órgão incansável
Da igreja negramente vestida
Era a espera da carruagem dourada
Que iria chegar.. Num ensaio.
A abadia por famílias reais
Repletas estaria,
A graceja-las por elas seria lisonjeada,
Um chefe de estado coroaria.
Entre candelabros
Risos não mais caricaturados,
- Consegui o que queria,
Alguém normal, tal feito não louvaria..
Sim, Deus não salvara seu antecessor,
Nem sequer o avisou
Sobre a esposa com quem se casou,
Que o povo, em suas mãos entregou.
Deus, salve o povo de enlouquecer
Dele um louco pode ascender,
Não será pouco, qualquer poder que ele tiver.
Bastei dormir, e assim, vens me assustar!?
A um profeta de desgraças
Ninguém vai escutaria,
'da bem que é sonho.
Dizer-me certo seria O doido.