ROSA VERMELHA

Há de toda a escuridão

Rasgar-se em esperanças

Quando as mãos da perseverança

Depositarem no solo infecundo

O germe de um novo futuro

.

E da rocha bruta

Brotará a rigidez

Dos sonhos mais rebeldes,

Que não se curvam à aspereza

De um cotidiano qualquer

.

Tampouco se envergam

Às adversidades dos caminhos

Marcados por prepotentes tristezas

.

Sim!

As aspirações são flexíveis

E se alojam nas frestas

Esperam as réstias daqueles sóis

Para, então, desatar todos os nós

.

E para tristeza

Que, soberbamente, vem proclamar-se,

Reclamando a posse dos dias cinzentos

.

Ofereço-lhe a rosa mais vermelha

Com a hemoglobina de um coração apaixonado

.

E a embrulho

Com papel passado pela minha poesia

Pois os versos que pontilho

Tornam mais colorida

A embalagem do presente do amanhã.

Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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24 de outubro de 2019.

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 25/10/2019
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