POBRE MENINO POBRE

Pela fresta da porta olhava,

O pobre, menino pobre,

E buscava o que lhe faltava

O que a vida cruel lhe encobre.

Sonhava com coisas impossíveis

Que julgava nunca poderia ter

Mas no sonho, se tornavam possíveis,

E sonhava..., sonhava..., querendo crer.

Seus desejos eram tão poucos

Para quem vivia com os pés no chão

Um par de sapatos, ou mesmo chinelos,

Já contentariam seu pobre coração.

Sonhava ter uma roupa nova

E, quem sabe, até uma bicicleta,

Mas tudo era difícil e tão distante

Nos seus sonhos nada se completa.

Mas tinha, nos olhos, também,

Um triste brilho no olhar,

E nas preces, quando dizia amém,

Uma lágrima teimava em rolar.

Por que, sua vida era assim,

Com tanta dificuldade?

Com tanta coisa ruim,

Que lhe trazia infelicidade?

Será que Deus havia esquecido,

Da sua pobre existência?

O que ele fez para ter merecido,

Da vida tamanha inclemência.

Então, durante uma prece,

Que ele fazia ao Senhor,

Sentiu a presença de Deus

E a certeza d Seu Grande Amor.

E como num sonho Divino,

Conversou com o Criador,

Que lhe disse, meu pobre menino,

Nunca duvide do meu amor!

Então naquele momento,

Sentiu uma paz angelical

Pois sabia que seu sofrimento

Estava chegando ao final.

E a Fé que montanhas remove

Brotou mais forte no seu coração

E num gesto que enleva e comove

Dobrou os joelhos em oração!

Ilha Solteira/SP

15/05/2018

Daniel L Oliveira
Enviado por Daniel L Oliveira em 15/05/2018
Código do texto: T6337505
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