Amor Esperança
Não, não me deixe só comigo, mesmo
Não sendo eu, boa companhia
Só sei falar de você, quando na verdade
Quero é te esquecer, ó alma fria
E o que contempla meus momentos, a cada frase dita,
Na minha angústia de te ver em meus sonhos
Seu nome é o que dentro de mim grita
E como um serrote, serra o meu coração
Que sangra esvaindo amor sem resposta
Deixando-me nesta eterna solidão
Quem sabe, o que há dentro de mim
Não se revela, e nem mesmo você acredita
E mesmo sendo eu a lançar proposta
Para que eu sinta em você, ao menos assim
Um fio a me trazer possível esperança
Este sentimento criado por sua razão,
Não veja em seu interior contrária situação
Sendo assim, estarei em real confiança
Este humilde e sofrido coração
De modo que não houve recusa ao cortejo
Sairá desta terrível amargura
Que na alma, antes revelada impura
A busca e o encontro do desejo
Receberá por méritos abundantes
O instrumento premiado e recompensador
Este dinâmico e soberano sentimento
Advindo das mãos do Nosso Senhor.