Amor Esperança

Não, não me deixe só comigo, mesmo

Não sendo eu, boa companhia

Só sei falar de você, quando na verdade

Quero é te esquecer, ó alma fria

E o que contempla meus momentos, a cada frase dita,

Na minha angústia de te ver em meus sonhos

Seu nome é o que dentro de mim grita

E como um serrote, serra o meu coração

Que sangra esvaindo amor sem resposta

Deixando-me nesta eterna solidão

Quem sabe, o que há dentro de mim

Não se revela, e nem mesmo você acredita

E mesmo sendo eu a lançar proposta

Para que eu sinta em você, ao menos assim

Um fio a me trazer possível esperança

Este sentimento criado por sua razão,

Não veja em seu interior contrária situação

Sendo assim, estarei em real confiança

Este humilde e sofrido coração

De modo que não houve recusa ao cortejo

Sairá desta terrível amargura

Que na alma, antes revelada impura

A busca e o encontro do desejo

Receberá por méritos abundantes

O instrumento premiado e recompensador

Este dinâmico e soberano sentimento

Advindo das mãos do Nosso Senhor.

genesis e Mary Crys
Enviado por genesis em 05/01/2018
Reeditado em 17/03/2018
Código do texto: T6217834
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