Jornada nuclear
O menino que sonha em ser poeta
em contar estrelas ao preço de lhe
nascerem verrugas. Que a chuva
lhe abrace, apesar de seus braços frios.
O que é ser sentimento e equilíbrio
numa calçada que apesar de fria
e úmida te aquece e te salva
O que é a saliva de uma boca?
Na imensidão do mar de lágrimas!
no que posso me apegar?
Na brisa, no chão?
Só o tempo e a morte são severamente,
metódicos, o resto tudo se esfacela.
Juntaria mil cores em único sorriso.
Mil artes e um abraço demorado.
A beleza é a leveza da pluma!