CRIANÇA DE RUA
Crianças de rua que
anda sozinho
sem paz sem carinho
expostas ao tempo
que sofres ao vento
que dor tão terrível
de não ser amada,
na vida largada
assim desolar.
Oh pobre coitada
sem lar, sem ter nada
atirada ao mundo
de tantas maldades
quem poderia te ajudar.
Com pouca idade
tão desprezada
que futuro te espera
não quero que um dia
a boca da fera
venha te devorar.
Vivendo assim
tão esquecida
nos becos da vida
sobre chuvas
jogadas ao relento
ao sereno da noite
a te castigar.
Criança sozinha
esta pátria é sua
seu lar não é rua
seus passos te segue
uma luz tão divina,
n'um abrigo seguro
você vai morar
Espero que um dia
este ser poderoso
que sempre te guia
com muito amor
venha um dia
em seus braços
te acalentar.
(Antonio Herrero Portilho)
12-10-2012.