CRIANÇA DE RUA

Crianças de rua que

anda sozinho

sem paz sem carinho

expostas ao tempo

que sofres ao vento

que dor tão terrível

de não ser amada,

na vida largada

assim desolar.

Oh pobre coitada

sem lar, sem ter nada

atirada ao mundo

de tantas maldades

quem poderia te ajudar.

Com pouca idade

tão desprezada

que futuro te espera

não quero que um dia

a boca da fera

venha te devorar.

Vivendo assim

tão esquecida

nos becos da vida

sobre chuvas

jogadas ao relento

ao sereno da noite

a te castigar.

Criança sozinha

esta pátria é sua

seu lar não é rua

seus passos te segue

uma luz tão divina,

n'um abrigo seguro

você vai morar

Espero que um dia

este ser poderoso

que sempre te guia

com muito amor

venha um dia

em seus braços

te acalentar.

(Antonio Herrero Portilho)

12-10-2012.

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 22/07/2013
Reeditado em 12/10/2017
Código do texto: T4398455
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