Amanhã de manhã
Amanhã de manhã direi ao insensato que juntarei meus trapos e partirei,
tomando assim comigo a mais pura liberdade,
esqueci da vaidade
não quis mais ver ninguém.
Amanhã de manhã correrei em paz,
sem deixar pra traz quem me fez bem,
lembrarei do passado curto e inocente,
tendo em mente me renovar.
Amanhã de manhã abrirei meu coração,
esquecer a razão e me apaixonar,
haverá murmúrios de alegria,
e brotará quem sabe no coração que nada fazia, o amor.
Amanhã de manhã verei que tudo é passado,
um arquivo revirado de sonhos e ilusões.
Deixando assim essa ânsia de lado
que feito carrapato não desgruda de mim,
pois se bom grão plantei,
bons frutos ei de ceifar.
Quanto ao meu presente,
que se faz e se estende
verei quem sabe amanhã de manhã.