********MEDO*******************

Não posso permitir a ruptura de minha alma

Não posso permitir que outros olhos lhe contemplem.

Ainda permeia em mim sua falta.

Ainda reflete em você meus olhos reluzentes.

Não posso deixar que o feitiço seja lançado.

Nem posso me entregar a divina providência.

Meus olhos estão tristes e embaçados.

Não possuo sequer estilhaços de sua presença.

Meus versos carregados de teimosia

Enfeitam poesias de amores utópicos

Clichês não estão carregados de alegria

Padeço nos meus sonhos insólitos

O verde do prado que alcança minha retina

Deixou um dia de ter sinais de esperança.

A paixão ardente que não mais fascina

Trouxe vestígios de sua lembrança.

Minha boca selada de desejo e não de medo

Por que são horas que contam os minutos incertos.

É nos teus olhos que escondo os meus segredos.

Ela também tem olhos verdes, mas não faz versos.

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 15/03/2013
Código do texto: T4189881
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