VAZIO

Este vazio de real finitude

Dono do tempo e do espaço

Que nunca diz nada condigno.

Que frio e cruel me conduz

Por tempo pendente e atinente.

Este vazio que me torna sem ser

Que aflora desejos nunca tidos

Que torna tudo em tudo e nada.

Prendendo-me ao passado lógico

De um sonho que não existe.

Em cada noite veloz que empobreço

Este vazio esvaece minha vida

Nas profundezas das razões naturais

Presentes a frente dos meus olhos

No perene manancial da eternidade.

Este vazio brinca com meus instantes

Neste desassossego findo da existência

Como se brincasse com minha fiel crença

Nos descréditos dos meus pensamentos

Contidos nos desejos do meu ser.

Este vazio que tira minha continuidade

Que descontinua minha pobre felicidade

Que desconhece minha fome e instinto

De desafiar toda e qualquer verdade

Não condizente com a única e verdadeira fé.

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 10/01/2013
Código do texto: T4076873
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