DELÍRIOS DO PERCURSO

Minhas confusões mentais, meus desvarios...

Ainda que sejam tardios oprimem-me o saber!

Desajustam meu tino, abrasam minha agonia,

Não sabendo mais o que é bom, dormente sigo.

A volúvel incompatibilidade de emoções desgasta-me!

Com os terríveis sentimentos de indignação me conduzo só,

Sofro mesmo sem saber o final.

Outras emoções deslizam da alma louca,

Emergindo-me ao leu sem destino certo.

Minha mão único rumo, meu instar o fel.

Decaio sobre as águas bravias da solidão,

Seguido por difíceis carrascos da perdição.

Mal impecável mais fácil que o bem querer,

Parece-me que min’halma tarda em crer.

Esperançosas expectativas que não vem,

Lutas e afrontas audácias de ideal... Poucas insanas,

Muitas das pretensões suprimidas serão.

Quão duras vias atravessando sem par,

Sem o alicerce conciso, mais duro e penando.

Sobrepujo as arestas de um momento que vem,

Tracejando anseios, moldando as ilusões,

Sendo fracas ou fortes, sem direção.

Depois da alma louca dantes, suavizo depois...

Conduzo-me ao alvo certo de todos os anseios,

Declinando os contentamentos da hora,

Deposito-me à sapiência que tudo é.

Dadá Malheiros
Enviado por Dadá Malheiros em 14/05/2012
Código do texto: T3668228
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