DEDICAÇÃO E ESFORÇO
Esforço de minha dedicação
Que na derme é afloração
Soergo-me não renitente
Ao som mais do que plangente
Do meu querer viver
Renascer e voltar a aprender.
Sou um em muitos ainda
Mas dou-me a mim (inda
Que não seguro esteja)
As boas-vindas que se veja
Ao longe para lá do horizonte
A coragem de minha fronte.
Muito sofri por intenso amor
Dediquei-me e perdi-me na dor
De me ver a sós no que não queria
Noites sem dormir revendo o dia
Como num cortejo ou num pagode
Que as dores para trás sacode.
Hoje sou eu mais eu assim
Sem lástima ou prevendo o fim
Da vida que ora se ergue
Como se fora uma epiderme
Que já não tem para onde ir
Quando me ponho a sorrir.
Jorge Humberto
10/01/07