ETERNA VONTADE DE ME VENCER
Trago nos bolsos o vazio dos
meus dias;
tão distantes andam eles de
mim, que um instante de sol,
é o bastante, para confundir
alegria vã,
com veraz contentamento.
Mas desenganem-se quem
me julga
perdido; que aqui onde me
encontro e confundo, com
gente, de todo o mundo, eu
erguerei
a vontade, de ter vontade.
Apelarei à força que me rege
e me move;
e subirei às altas montanhas,
onde deixarei o meu eco,
como forma de me dizer aqui,
por meu zelo
e capricho, a levar vida fora.
Senhor de mim, ludibriarei o
canto do cisne;
serei semelhante a uma
corda de músculos, puxando
meu corpo para o cimo,
do mais alto
de meu eu, sem distâncias.
Jorge Humberto
14/03/11