MEUS SONHOS DE POETA

Meus sonhos são despertos

olhos bem abertos

para imaginar as coisas como elas

deveriam ser

não como elas são, no entender

do poeta.

Sonho que vejo pessoas felizes

do céu as matizes

de crê-las assim por uma vontade

mais do que sonhada

em verdade e em ganas tornada,

para o poeta.

Não sonho senão o que é possível

e exequível

e pode ser realizado em mãos de

uma genuína criança

que sendo menina no ar usa trança

e a mostra ao poeta.

No jardim as flores nunca fenecem

e de mil cores tecem

alegrias e dores que elas suportam

como se a chuva e o sol

fossem uma música em bemol,

sonhada pelo poeta.

No sonho acordado poria do avesso

todo o começo

de alguma coisa que ainda não foi

e com o tacto ajeitaria

primeiro a noite depois o dia,

assim diz o poeta.

E mais diz o poeta sonhando: a guerra

mutila a Terra

e é filha do despotismo e do olvido

pois o Homem é nocivo

deixa passar todo o mal pelo crivo,

grita o poeta.

Pois o Homem vê com olhos de ver

não quer nem saber

com o que se depara à sua frente

é funesto e perigoso

e nunca será um pai extremoso,

oiçam o poeta.

Jorge Humberto

26/02/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 26/02/2011
Código do texto: T2816144
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.