A SÓS COM MEUS VERSOS

Tarde de chuva e de vento,

lá fora. Um frio imenso,

invade a minha alma, estou

só, com meus versos.

Zurze o vento, nas folhas

das árvores, e os pássaros,

recolhem a seus ninhos,

procurando protecção.

Poças de água salpicam o

chão e as estradas,

passam carros e pessoas,

na pressa de chegar.

O rio mostra-se agitado,

com ondas escarpadas

e galgos de espuma,

correndo para as orlas.

O céu é de um cinzento

anilado, e uma nébula

tristonha cai, por sobre

os telhados das casas.

A horizonte alguns fios de

sol, irrompem da camada

densa, do nevoeiro,

amainando nas janelas.

Tracejados de luz riscam

os cortinados e as paredes,

mesmo ao canto,

e ali fazem poiso decorativo.

Abranda a chuva e o céu

está mais limpo, ouvem-se

os primeiros cantos das

aves, escondidas na folhagem.

Laivos de primavera,

parecem querer chegar-se à

frente, salvando

a tardezinha, mais amena.

Jorge Humberto

03/10/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 03/10/2010
Código do texto: T2535377
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