O VÔO DO DESEJO
Com um coração lapídeo,
Castigado e efêmero
Voei para os céus,
Esqueci da imensidão, da altura
E ousado no meu louco sonho
Perdi o rumo, perdi a ternura.
Ancípite e furioso debati-me no infinito
Embalde, ninguém escutava meu grito,
Em todos os lados a escuridão do espaço,
A luz que havia eu não via...
Apenas um rosto, um esboço
E um coração que sofria,
Que não abria uma fresta deixando-me em sombras.
Veio então como escudo a fé
E como um ser de verdade
Escutei a voz da paciência,
Peguei o querer com vontade
E lutei sem clemência.
Quando a certeza invade nosso pensar,
O coração sai da dormência,
Não deixa espaço para o vôo do desejo
E retorna a consciência.
Dominado, meu ser,
Não havia tristeza,
Não havia castigo,
Não havia você,
Não havia perigo,
Apenas a consciência, a fé e a razão.
Poesia feita por Léo Bargom em 23 março de 1987
Com um coração lapídeo,
Castigado e efêmero
Voei para os céus,
Esqueci da imensidão, da altura
E ousado no meu louco sonho
Perdi o rumo, perdi a ternura.
Ancípite e furioso debati-me no infinito
Embalde, ninguém escutava meu grito,
Em todos os lados a escuridão do espaço,
A luz que havia eu não via...
Apenas um rosto, um esboço
E um coração que sofria,
Que não abria uma fresta deixando-me em sombras.
Veio então como escudo a fé
E como um ser de verdade
Escutei a voz da paciência,
Peguei o querer com vontade
E lutei sem clemência.
Quando a certeza invade nosso pensar,
O coração sai da dormência,
Não deixa espaço para o vôo do desejo
E retorna a consciência.
Dominado, meu ser,
Não havia tristeza,
Não havia castigo,
Não havia você,
Não havia perigo,
Apenas a consciência, a fé e a razão.
Poesia feita por Léo Bargom em 23 março de 1987