Claro! Urgentemente Busco... Para Sempre

Claro!

Urgentemente busco...

Busco a sua voz nos cantos do quarto

Busco em mágoas a presença deixada pelo seu rastro

E ainda me culpo por esse indevido ato

Proibido de ocorrer

Mas acorre de forma tão deliciada

Então eu... eu...

Busco o seu sorriso em bocas das sombras estranhas

Busco...

Busco por não saber como não querer ter-te

Por não achar seguro até o mais sólido chão

Pela impressão que dele posso passar se eu me descuidar

Busco o que mais almejo

Entre negações e desconversas

No tranquilo silêncio da madruga

Que mesmo calada

Assobia-me no ouvido

Foi assim que em conclusão cheguei

No mal que me causei

De jurar que o sempre será

Mas o que é esse todo sempre?

Comprometo-me só até minha morte?

Ou a morte irei ter que ludibriar

Embriagar

Para que com a eternidade eu dialogue

E do sempre ao todo sempre me torne

Um ser a cumprir a promessa

Cada palavra descrevo como fardo

Mas que mentiroso sou!

Pois mesmo que eu quisesse me desvencilhar

Eu não encontraria nem a forma de fazê-lo

Pois do sempre que jurei

Foi só para lhe contar da verdade a mim infligida

Da marca a mim causada

Que já não sei como arrancar

Se isso posso questionar fazer

Pois tenho que esclarecer

Porque parece parte de mim

E é simples assim

Não sei onde eu começo e você termina

E entre meios

De esquinas, postes, ruas e discutições

Intercepções

Intercessões

Sigo lento

Paciente

Contra ventos

E tempestades

Tempo...

De em momento

Em uma pausa

Dan Bastos
Enviado por Dan Bastos em 24/05/2010
Código do texto: T2277687
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