Claro! Urgentemente Busco... Para Sempre
Claro!
Urgentemente busco...
Busco a sua voz nos cantos do quarto
Busco em mágoas a presença deixada pelo seu rastro
E ainda me culpo por esse indevido ato
Proibido de ocorrer
Mas acorre de forma tão deliciada
Então eu... eu...
Busco o seu sorriso em bocas das sombras estranhas
Busco...
Busco por não saber como não querer ter-te
Por não achar seguro até o mais sólido chão
Pela impressão que dele posso passar se eu me descuidar
Busco o que mais almejo
Entre negações e desconversas
No tranquilo silêncio da madruga
Que mesmo calada
Assobia-me no ouvido
Foi assim que em conclusão cheguei
No mal que me causei
De jurar que o sempre será
Mas o que é esse todo sempre?
Comprometo-me só até minha morte?
Ou a morte irei ter que ludibriar
Embriagar
Para que com a eternidade eu dialogue
E do sempre ao todo sempre me torne
Um ser a cumprir a promessa
Cada palavra descrevo como fardo
Mas que mentiroso sou!
Pois mesmo que eu quisesse me desvencilhar
Eu não encontraria nem a forma de fazê-lo
Pois do sempre que jurei
Foi só para lhe contar da verdade a mim infligida
Da marca a mim causada
Que já não sei como arrancar
Se isso posso questionar fazer
Pois tenho que esclarecer
Porque parece parte de mim
E é simples assim
Não sei onde eu começo e você termina
E entre meios
De esquinas, postes, ruas e discutições
Intercepções
Intercessões
Sigo lento
Paciente
Contra ventos
E tempestades
Tempo...
De em momento
Em uma pausa