ANO NOVO… NOVO ANO!

Existe, para mim, uma enorme incoerência,

ao celebrar-se, um novo ano, quando nada se

aprendeu ou realizou, para o bem

de alguém, com o decorrer, do ano transacto.

Era como se bastasse, folhear o carcomido

calendário, alterando-lhe, o quão de mal,

nos privou, para que lhe achássemos, a tal

justeza, quando são de esperança

as palavras, dos mais acérrimos defensores,

de tão castiças festas.

Que assim seja pois e todos saiam à rua, em

polvorosa, largando foguetes, e, comendo e

bebendo, sem restrições nem limites,

dançando à luz da lua, até raiar o sol primeiro,

de um novo começo, apenas usando de

consciência, ao fazerem-se à estrada.

E atenção, ao sexo seguro! Sim, porque isto,

não é nem nunca foi, apenas uma festa,

entre famílias, mas de todos, que gostam

de participar, deixando seu registo, para

mais um ano.

Que, desculpem-me, em nada,

vai trazer, de melhorias, para a vida pessoal,

de cada um, muito menos, no âmbito global,

ou seja, para a resolução, dos muitos

problemas, que afectam, diariamente,

variadíssimos países e seus povos indígenas.

E que no seu mundo de fantasia, protegidos

pelos seus pais, divirtam-se as crianças,

até que, por fim, o sono exija seus corpos,

cansados de tanto saltar e de gritar.

Os que podem, pois para os que não têm

tais possibilidades, que, pelo menos, seus

pais, lhes cinjam um afectuoso beijo,

trazendo consigo uns belos cachorrinhos,

em fotogénica fotografia, que será pendurada

na parede, contando dia, atrás de dia.

Jorge Humberto

30/12/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 31/12/2008
Código do texto: T1361538
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