QUE O HOMEM RETORNE AO HOMEM
No trajeto que marca a nossa vida,
Muitas pedras nós tentamos retirar,
Por entre os dedos muitas escapam,
São as que teimam em querer ficar,
Ao retrocedermos para removê-las,
Esse tempo lá na frente vai faltar.
É muito rápida essa passagem,
Do homem por sobre a mãe terra,
Se desta, provem o filho homem,
Ao mesmo pó ele volta e se encerra,
Se há quem responda, eu indago:
Para que existe o ato frio da guerra?
O homem jamais quis se entender
Desde longínquo tempo dantes razão,
Hoje o homem reflete e depois julga,
Conhece, compara, usurpa Dele o perdão,
Amordaça, encarcera, destrói, escraviza,
É símbolo da ira e às vezes remissão.
Lutem os homens pelo bem comum,
A tristeza em um, torne-se comoção,
A roseira que sempre nos deu a rosa,
Invertendo a flor, dê-nos apenas botão,
Homem hodierno se volte ao homem...
De sentimento, amor e compreensão.
Rio, 12 de outubro de 2008
Feitosa dos Santos